16 fevereiro, 2013

Fogo

Queria que voltasses ao meu sofá. Queria o whisky outra vez entornado no chão e, mais uma vez, o cinzeiro a cair do tabuleiro e nada disso a importar. Nada a conseguir desenrolar-nos as pernas e os braços e nenhum barulho capaz de se impor ao som dos nossos beijos tantas vezes sôfregos. Fome de ti.
Queria-te outra vez a perguntar mas tu não sentes? E eu a responder que sim, que sentia que éramos desejo e vontade ( e amor, também pensei amor).
Queria continuar a trocar presentes contigo como daquela vez em que me deste Joe Bonamassa e eu te ofereci Seasick Steve e acreditei que tínhamos todo um universo de You Tube à nossa frente. 
Mas afinal não.
Hoje queria esquecer-me que afinal não, queria pôr de lado que não somos mais que fogo-preso e queria ter-te aqui, no lado esquerdo do meu sofá, a fazer-me festas no tornozelo.  
 


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